quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Entrevista: Jari Mäenpää fala ao Dagheisha.com


"Time I'' é uma épica aventura musical. Você teve a mesma visão quando começou a compor ou a perspectiva foi alterada durante o processo? 

Jari: A visão era a mesma desde o começo, mas é natural que haja a adição de outras ideias e o estabelecimento de vários detalhes. Os primeiros registros datam há seis anos. Os vocais e as orquestrações foram introduzidos durante a produção, o que era realmente enorme. O principal problema foram as orquestrações porque as camadas eram numerosas e eu não podia imaginar o quanto de sofrimento seria exigido. Por anos eu lutei com computadores e limitações do softwares diferentes. Além disso, por causa do trabalho de construção, eu levei vários meses para instalar tudo no apartamento, e  isso levou a mais atrasos.

Quais os conceitos por trás do álbum? 


Jari: As letras têm a ver com as emoções que os seres humanos experimentam em sua curta existência, e o que achamos sobre o que é a criação do universo. Nós nos perguntamos o tempo todo o que somos e de onde viemos, e também sobre a tristeza e o sentimento de perda no momento em que se desvanece.

Sobre o conceito de tempo, podemos lembrar ''Dark Side Of The Moon'', do Pink Floyd? 


Jari: Eu não sou tão familiarizado com esse álbum, mas posso lhe dizer que as canções são musicalmente muito distintas umas das outras, com harmonias influenciadas pela cultura japonesa e o conteúdo é diferente. As letras tendem a manter unidas as canções e, curiosamente, elas incidem sobre a fragilidade da definição que damos ao tempo.

Seis anos é realmente muito tempo. Você não acha que poderia ser perigoso em relação aos fãs e gravadora? 

Jari: Tem sido muito surpreendente e estamos profundamente gratos a todas as pessoas que nos apoiaram e esperaram por tanto tempo. Por outro lado, estes eram os nossos recursos, o selo  entendeu e continuou a acreditar cegamente em nós. Todas as vezes em que o prazo foi modificado, consequentemente, certas expectativas e pressões foram sentidas. 

Quanto tempo você levou para compor o material? 

Jari: Algumas ideias surgiram oito anos atrás, mas a parte sobre os riffs e a seção de ritmo foram concluídas rapidamente.  

Como você lidou com tudo isso? 

Jari: Kai Hahto tem um desempenhado e papel fundamental na implementação do disco. Ele me ajudou no processo de escrita e no arranjo da bateria. Algumas de suas ideias foram usadas ​​para melhorar o riff. Teemu Mäntysaari gravou as melodias com o violão, o que ajudou a tornar esta primeira parte mais variada. O segundo será ainda mais cheio de contrastes. 

Por que você decidiu dividir 'Time I' em duas partes? 

Jari: Nós pensamos que era uma boa jogada para revitalizar a banda depois de anos de silêncio. Além disso, conseguimos muito material para um só álbum.

Não acho que seja uma coincidência a Nuclear Blast lançar ''Time I'' cerca de um mês após o "Unsung Heroes" do Ensiferum ... 


Jari: Eu não acho que isso foi premeditado. Talvez pela Spinefarm, mas se tivermos uma base de fãs semelhantes que vão ouvir o disco, vão perceber as diferenças entre os dois grupos.


Eu imagino que o seu relacionamento com Markus Toivonen (Ensiferum) ainda seja bom.

Jari: Nunca houve desentendimentos entre nós. Na época, eu percebi que não poderia sair em turnê e preferiram me demitir por mútuo acordo. Eu estava muito ocupado com o trabalho do primeiro álbum do Wintersun. Eu ouvi "Unsung Heroes" e não é ruim, mas eu ainda prefiro os dois primeiros álbuns. O coral  também é do Hinkka Sami bem como Matthias Nygard. Olli Vänskä e Jukka-Pekka Miettinen dos Turisas, Mikko Salovaara do Kiuas, e Joenssen Heri de Týr. 


Em um ponto de vista técnico, qual é a parte do disco mais difícil? 

Jari: Eu diria a "Sons of Winter and Stars''. A guitarra é bastante complexa e até mesmo a bateria é intrincada.

Você está prestes a ir para os EUA em uma turnê com o Eluveitie e Varg. Você acha que a música do Wintersun irá atrair o público americano mais do que o europeu? 


Jari: A resposta até agora tem sido boa, mas eu duvido que exceda o da Europa Central.

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